Hoje em dia tudo é questão de referências. Você está procurando um novo emprego. Pede referência ao seu ex-chefe. Você precisa de uma empregada doméstica. Vai ligar para a última patroa para saber quais são suas referências. Ninguém mais firma um compromisso sem saber dos antecedentes da pessoa. Certo? Redondamente errado. Fazemos isso o tempo todo quando começamos a namorar. Como assim? Bom, aposto que você não ligou para a ex namorada do cara perguntando “Por que terminou? Ele tem algum hábito estranho? Como ele te tratava quando estava entre os amigos? Ele te comparava com a mãe dele?”. Todas as perguntas pertinentes, mas que ninguém investiga antes de aceitar a pessoa. Vocês começaram a namorar. Era tudo lindo. Ele te deu um presente de um mês de namoro. Te mandava mensagens pelo celular dizendo que a saudade era insuportável. Um ano depois, tudo mudou. Você começa a ver que ele tem a mania de discutir com o garçom por causa dos 10%. Chega em casa e espalha o sapato na sala, a blusa no corredor e a calça no chão do banheiro. Fora as piadinhas sobre seus amigos. Afinal, os amigos dele são muito mais legais. Você se sente enganada. Cadê o homem sincero, correto e romântico que conheceu? Ela jurava que adorava ver jogo de futebol. Ia com você todo o domingo no maracanã. Chegou até a vestir a blusa do seu time algumas vezes. Agora, é uma discussão séria toda vez que você decide jogar uma pelada com o pessoal do trabalho. Antes ela aceitava na boa o fato de você querer encher a cara no bar sozinho com os amigos e falar de mulher, esporte e mulher. Agora, “Lá vai você se encontrar com esses garotos. Todos um bando de solteirões, desocupados e crianções”. Cadê aquela princesa doce e delicada? Pois é. Quem mandou acreditar em tudo que o outro dizia sem investigar antes a história? Talvez, se tivesse entrevistado a ex namorada dele, você estaria mais preparada. E se você tivesse procurado o ex dela, pensaria duas vezes. Opa, um segundo. O que garante que o ex vai ser sincero? E se ela ainda quiser ficar com ele? E mesmo que não quisesse, mesmo que seja sincero, a opinião não vai ser boa. Se fosse boa, não teria acabado. E agora, o que eu faço? Acredite! Acredite que apesar de todas as diferenças, ele pode te fazer feliz. E apesar de não gostar de futebol, ela pode ser uma pessoa melhor ao seu lado. Porque apenas nesse caso especificamente, a falta de referências anteriores é o que proporciona a confiança e a construção de um relacionamento saudável, mesmo que cheio de surpresas. |
segunda-feira, 24 de março de 2008
Curriculum
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3 comentários:
Olha, esperava textos sobre esportes, mas....
to brincando!
Vc trata esse tema de relacionamentos com um olhar bem peculiar, continue escrevendo ai q seus textos alem de qualidade trazem um bom momento de reflexao!
bjaum
Vou adotar esse texto pra mim, blz?
Bjs
Bia, simplesmente ADOREI! rs...
Eu tbm esperava algo sobre esporte e me surpreendi positivamente. Os textos sao muito legais e feitos com bom humor.
Parabens, voltarei sempre!!
Bjos
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